Para além dos calorosos desejos de boas férias e Feliz Natal, o final de ano reserva um compromisso inquietante para os estudantes do terceiro ano do Ensino Médio: os vestibulares públicos e particulares ao redor do Brasil. Entre seus quartos abarrotados de anotações e suas mentes ansiosas e inseguras, os milhares de candidatos a vagas universitárias do país acabam deixando de lado um detalhe: cuidar de suas mentes.
Um dos principais elementos para a realização de uma boa prova em geral, mas também de um concurso com a magnitude do Vestibular ou do Enem é a calma. Ela, porém, se esvai à medida que as datas se aproximam e um dos maiores desafios é mantê-la frente a incessante pressão familiar e escolar. A ideia de que uma única avaliação vai determinar seu futuro também contribui para a ansiedade dos jovens.
Apesar disso, tal vivencia é uma oportunidade essencial de aprendizado, segundo Alaor Carlos de Oliveira Neto, coordenador do Serviço de Psiquiatria do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em entrevista para a Revista Veja em fevereiro deste ano. Para ele, mais importante que o resultado em si é a dedicação, o compromisso e o comprometimento do vestibulando.
Deve-se dizer, portanto, que o Vestibular não é um algoz que visa a destruição de estudantes, mas sim um teste, o qual pode e deve ser superado através de temperança, raciocínio e treino. Mas como um teste, se o postulante não estiver pronto intelecto e psicologicamente, é melhor que não seja aprovado pelo próprio bem.
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